sábado, 11 de dezembro de 2010

Identificação eletrônica...E o que Michel Foulcaut tem a ver com isso?

Hoje em dia é crescente o número de ferramentas que fazem parte de um aparato tecnológico que tem por finalidade garantir a segurança em residências, empresas, instituições públicas, escolas, etc. São as câmaras de monitoramento IP, catracas eletrônicas, leitores biométricos, etc.
A procura por esse tipo de serviço tem gerado preocupação das pessoas não é só reforçar a segurança, mas também manter um maior controle sobre a identificação das pessoas.
Alguns municípios brasileiros pensaram na possibilidade de colocar urnas eletrônicas equipadas com recursos de biometria. O intuito era reduzir os riscos de fraudes no processo de votação.
A Câmara dos Deputados implantou um sistema de ponto eletrônico, baseado na biometria para controlar a freqüência e cumprimento das horas extras dos servidores, assim como muitas empresas vem usando o sistema para os funcionários registrarem   os pontos de freqüência.
As instituições financeiras são outro segmento que vem investindo em sistemas de identificação mais seguros para evitar fraudes e crimes.
O que esconde atrás do discurso de preocupação com perigo, fraudes é que todas essas tecnologias de monitoramento e de segurança têm a intenção de controlar, vigiar e punir numa concepção foucultiana.
A vigilância e a punição são encontradas em várias instituições sociais, como escolas, fábricas, hospitais, prisões entre outros. A punição e vigilância por sua vez  são poderes que estão reservados a domesticar as pessoas, para que estas possam cumprir leis, normas,  etc., conforme o desejo de quem detém o dever.
A vigilância tem como função de manter a ordem social  e impedir que algo que aconteça contrário ao poder.
A “biometria” antes de ser alcunhada como tal já se fazia presente nos sistemas fabris durante o apogeu da Revolução industrial. Foucault (pág. 156) “As câmaras nas fabricas possibilitava um controle detalhado do tempo de produção. O poder se articula diretamente sobre o tempo, realiza o controle dele e garante a sua utilização.
Controle intenso, contínuo, corre ao longo de todo o processo do trabalho (produção), atividades dos homens, conhecimento técnico, a maneira de fazê-lo, sua rapidez, seu zelo, seu comportamento.”
Algumas fontes

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